Após ser empossado como novo presidente do Brasil, em sua primeira entrevista, cedida ao SBT, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que vai defender o fim da Justiça do Trabalho. “Qual país que tem (Justiça do Trabalho)? Já temos a Justiça normal”, argumentou. Segundo Bolsonaro, o judiciário brasileiro está barrotado e tem mais ações trabalhistas que todo o resto do mundo. Ele voltou a dizer ainda que no Brasil existe um protecionismo excessivo do trabalhador. Também comentou sobre o atua ordenamento jurídico que norteia a relação entre patrão e empregado, comparando a mesma ao casamento: “É como um casal, se tem excesso de ciúmes não dá certo”. Mas, o que repercutiu mesmo, foi o possível fim da Justiça do Trabalho.

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Fim da Justiça do Trabalho – como ficaria a CLT

Sobre a CLT, o presidente afirmou que não irá acabar com o Código de Leis Trabalhistas. Todavia, enfatizou que, assim como foi feito com a reforma trabalhista, irá atuar para flexibilizar os contratos de trabalho. Ele disse também que no país há “muitos direitos e pouco emprego”. “Quando eu disse que era difícil ser patrão no Brasil, os sindicatos disseram que difícil é ser empregado. A eles, eu responderia que mais difícil é ser desempregado”, afirmou.

Comparação com outros países

Bolsonaro mais uma vez comparou o Brasil com os Estados Unidos em relação às leis trabalhistas. “Olha lá nos EUA, eles não têm direito do trabalho e têm emprego”, disse. O assunto foi por diversas vezes debatido durante sua campanha rumo ao planalto. A temática, entretanto, divide opiniões entre juristas em todo o Brasil.

Previdência e aposentadoria

Durante a entrevista, o presidente ainda falou sobre a idade mínima para aposentadoria. Segundo Bolsonaro, o seu governo deverá aproveitar a reforma que já está na Câmara dos Deputados, concebida durante o governo de Michel Temer. “A boa reforma é aquela que passa na Câmara e no Senado, e não a que está na minha cabeça ou da equipe econômica”, afirmou.

 

 

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