No domingo passado, 23 de julho de 2017, a OAB realizou a 1ª fase do XXIII Exame de Ordem. E o que era para ser apenas mais uma edição da prova da OAB, acabou se revelando uma surpresa para candidatos e professores de acordo com o balanço da 1ª fase OAB.
Os examinandos costumam questionar a dificuldade das questões, mas a mudança foi muito além: perguntas interdisciplinares e redução no número de questões em Ética foram os destaques da prova da OAB XXIII.
Ética OAB
A disciplina de Ética sempre foi considerada uma disciplina de peso na OAB. E por isso, pelo menos 10 questões eram certas de serem cobradas na prova. Mas nesta XXIII edição do Exame de Ordem, ela análise do balanço da 1ª fase OAB, a FGV surpreendeu com apenas 8 questões.
Mesmo com a redução, a alteração ainda está de acordo com o Provimento 156/2013 da OAB. O artigo determina que a prova objetiva contenha, no mínimo, 15% das questões sobre Ética (Estatuto da Advocacia, Código de Ética, e Regulamento Geral), Filosofia e Direitos Humanos.
Mas o que representa essa redução de questões de Ética para os candidatos?
A disciplina de Ética é considerada uma garantia de segurança para os examinandos, pois exige um esforço menor nos estudos e oferece um alto retorno na pontuação.
Interdisciplinaridade no Exame de Ordem
Você já imaginou estar respondendo uma questão sobre Processo Penal, mas descobrir que a resposta da pergunta está no Estatuto da OAB, e não no CPP? Isso foi o que aconteceu na prova objetiva do XXIII Exame de Ordem.
Além disso, algumas questões citaram Direito Eleitoral e Direito Previdenciário. Apesar de não exigir conhecimentos específicos, com certeza, assustou muitos candidatos.
Este é um forte indício de que a prova da OAB realmente vai mudar, exigindo conhecimentos interdisciplinares e não apenas a letra da lei.
A prova da FGV foi feita para reprovar?
O professor Renato Saraiva externou o seu repúdio contra a prova da OAB e endossa a carta divulgada pela Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos. Confira o vídeo do sócio-fundador do CERS e vice-presidente da Anpac.
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